sábado, 15 de outubro de 2011

Uma aventura , um piano diferente em casa...

        Afinação é a palavra que soa bem aos ouvidos de um pianista, claro que somente quando a mesma está no seu timbre correto  e de preferência em 440 hertz..

           O "ouvido" do jovem musico começa com o tempo a se  acostumar com as dissonâncias, a medida que experimenta  músicas atonais (Atonalidade surgiu como um termo pejorativo para condenar a música na qual os acordes foram organizados aparentemente sem coerência .) ao passear pelos famosos exercícios de leitura como os de Béla Bartók e peças de  Claude Debussy e Sergei Prokofiev  .A  questão é a experiência que isso proporciona a percepção auditiva.

         Quando começa a fazer sentido a gama de sons estranhos, e não somente isso, mas quando o musico já se deparou com outros instrumentos, como  o violão que costuma tocar nas suas horas de entretenimento tendo que o afinar de ouvido muitas vezes, até mesmo o pianista que por hobby estuda violino ou outro instrumento de corda que seja, acaba por treinar aquilo que chamamos de ouvido absoluto.

        "Claro que não estou dizendo ser tão simples assim atingir esse grau de percepção auditiva, é necessário já nascer com tal capacidade e dom", mas é possível treinar isso e desenvolver a habilidade de identificar  a questão de afinação e timbre  do piano, ou até mesmo distinguir  as notas".

Começa uma Aventura
        Tudo isso só vem ao caso escrever, por pura experiência própria... Esse mês troquei o meu piano alugado por outro um pouco melhor, mas que chegou em casa  precisando afinar.O desconforto de estudar nessa condição é considerável.O afinador então depois de uns dias ocupado ,desmarcando e remarcando seu compromisso de prestar seu serviço ao meu piano,veio e fez todo o trabalho.

   

        Se não basta estar tudo certinho, a teimosia do meu ouvido me levou a fazer algo extremamente perigoso. Ao perceber certo “chiado” na nota Sol central do piano, tive a brilhante e desastrosa idéia de mexer em uma de suas cravelhas. Resultado!!!Desafinei não somente a nota Sol, mas também o Lá e o Si bemol. Que raiva!
     Caro leitor é olhando os erros do próximo que se deve evitar cometer os mesmos. Sorte que algo me acompanha desde pequeno, o dom de desmontar tudo para ver como funciona e depois não conseguir montar de novo. 

      Mas é claro que agora com um pouco mais de esperteza e observação, tive a idéia de refazer o mau feito. Preparado com artefatos domésticos, ferramentas impróprias um notebook e a experiência dos sons atonais e tonais que o ouvido aprendeu com o tempo, em uma hora de esforço resolvi o problema.
      Essa aventura me  fez lembrar-se de um vídeo que o pianista John blanch publicou em seu  vlog "Diário do pianista” na qual o afinador de pianos o aconselha de não mexer na questão do peso das teclas “Quando John gostaria de acentuar o peso, para melhorar sua técnica ao treinar em um piano mais difícil de ser tocado". Fica a minha dica também que não é aconselhável tentar modificar nada em seu piano sem um prévio conhecimento.
  



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