Como funciona o piano de cauda?
Mais de 200 cordas de aço paralelas, bem esticadas, produzem 88 notas. As cordas curtas e finas, que vibram rapidamente, produzem notas altas, enquanto que as cordas grossas e compridas, muitas vezes recobertas de cobre, produzem notas baixas.Todas, exceto as notas mais baixas, são produzidas por duas ou três cordas afinadas em uníssono.
Quando o pianista pressiona uma tecla de piano (1), alavancas acionam um martelo almofadado que bate em uma ou mais cordas daquela nota da tecla para logo em seguida se afastar. Manter o dedo na tecla faz com que a corda continue a vibrar e o som acaba aos poucos. Quando o pianista tira o dedo da tecla (2), um abafador vai de encontro à corda para silenciá-la. Se o pedal direito (pedal forte), na base do piano, é pressionado, mantém todos os abafadores afastados e permite que notas sucessivas enriqueçam umas às outras.
As cordas passam sobre pinos de madeira, chamados de cavaletes (3), fixos à tábua de ressonância de madeira (4), que vibra afinadamente e intensifica muito a força e a ressonância das cordas. A caixa de madeira adjacente atua como caixa acústica, para aumentar o volume.
O Piano de armário
Tem em sua a armação e as cordas colocadas verticalmente. A armação pode ser feita em metal ou madeira.
Os martelos não beneficiam da força da gravidade.A diferença de um piano de cauda para um piano de armário é quanto ao plano vertical ou horizontal do tampo harmônico e as cordas em relação ao teclado: no piano de armário, o plano é vertical; no piano de cauda, o plano é horizontal, possibilitando a vantagem de cordas mais longas e sensíveis.
Em Paris, devido à área relativamente pequena da maioria dos apartamentos, os pianos de armário são mais procurados e, em conseqüência, são mais valorizados.
Alguns compositores contemporâneos, como John Cage, Toni Frade e Hermeto Pascoal, inovaram no som do piano ao colocarem objetos no interior da caixa de ressonância ou modificarem o mecanismo. A um piano assim alterado chama-se piano preparado.
Curiosidade
Uma das melhores marcas de piano do mundo atualmente é a italiana “Fazioli”. São instrumentos extraordinários, praticamente feitos à mão, com produção limitada, comenta Luc, o qual acrescenta: são os pianos mais caros do mundo; um “Fazioli” de cauda para concertos custa mais de US$ 100 mil. A produção foi iniciada em 1980 sob a condução de Paolo Fazioli, preocupado em dar sonoridade própria aos seus pianos.
Essa sonoridade própria, explica Paolo Fazioli, é viabilizada quando se busca dar equilíbrio a muitos sons, geralmente não ouvidos, de extrema suavidade e de elevada sutileza. A importância desses sons para a sonoridade do piano lembra a capacidade de grandes conhecedores de vinho de apreciar todas as sutilezas de uma grande safra: ninguém precisa saber dessas sutilezas para apreciar um vinho excelente, mas o fabricante do vinho precisa reconhecê-las a fim de aperfeiçoar sua arte.
Sem qualquer hesitação, Paolo Fazioli aponta a qualidade mais importante de um piano: o som produzido ao ser tocado.
Trecho do livro “A loja de pianos da Rive Gauche”, da autoria de T. E. Carhart (Rio de Janeiro: Record, 2001, 288 p.)
Muito dazora!!!
ResponderExcluiradorei me ajudou muito no trabalho da escola...
ResponderExcluirDisponha sempre do blog para fazer suas pesquisas!!Seja bem vindo!
ResponderExcluirÉ verdade que uma mesma corda gera notas diferentes?
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